12 dicas para 12 meses

31-12-2012 16:13

 

     Estamos a chegar ao fim do ano. Mais uma vez vamos fazer o balanço do ano que está a findar, vamos renovar votos de bom ano novo, assumir compromissos que nunca mais nos vamos lembrar e promessas que quando nos lembrarmos que as fizemos, já vai ser
de difícil cumprimento. Mas é, também, uma época de esperança renovada. Se pensámos que 2012 foi um ano terrível, 2013 vai ser um ano ainda pior para a maioria das pessoas e vai ser mais um, de alguns que hão-de vir, por isso, pare, pense e tome decisões sobre aquilo que vai fazer da sua vida. Antes de mais terá de ter atenção a perda de rendimento que vai ter. Não se esqueça que, em virtude de terem abolido alguns escalões no IRS, passou a estar abrangido por uma taxa de imposto sobre o seu rendimento mais elevada do que seria desejável. Não se esqueça que a isso terá de deduzir a contribuição para a segurança social. Portanto, este próximo ano vai ter de controlar as suas finanças muitíssimo mais do que esperaria. Para além disso, muitos de vós irão receber, aqueles que o receberem, o subsidio de férias e de Natal em duodécimos. Retire, imediatamente, o excedente para uma conta poupança e esqueça-se dele até que chegue a altura em que o deveria receber. Com isto, vai pagar imposto mais cedo, mas também se o aplicar ganhará algum dinheiro extra para as suas férias e para o Natal. Apesar de tantas más notícias deixo-vos com algumas dicas que poderão e que quando aplicadas irão ajudar os próximos 12 meses que aí veem:

     1 – Pare, escute e olhe. Saiba qual o ponto da situação das suas finanças pessoais/familiares. Só após esta reflexão é poderá saber qual será o seu ponto de partida e definindo abjectivos, isto é, para onde quer ir, poderá traçar o caminho a seguir;

     2 – Faça um orçamento das suas receitas e despesas. Este exercício não é mais do que uma fotografia da situação das suas finanças pessoais e familiares. Vai dar trabalho, mas ao longo do ano vai verificar que vai compensar. À medida que vai anotando todas as receitas e despesas que vai tendo, vai percebendo de onde vem o dinheiro e para onde vai. Mas, também, vai percebendo onde estão os pontos sensíveis a serem combatidos;

     3 – Estabeleça, em família, objectivos de curto, médio e longo prazo, quantifique-os e estabeleça valores mínimos para cada um destes objectivos. Estabeleça prioridades;

     4 – Faça reuniões de família mensalmente e discuta o cumprimento e os desvios das receitas e despesas. Deixe que os seus filhos, ainda que de tenra idade, participem. Faz parte da sua educação financeira;

     5 - Reveja as prioridades de investimento e defina as suas metas financeiras, temporais e circunstanciais desses investimentos. Seja flexível e adapte-se aos novos tempos;

     6 – Se estiver numa situação de sobre endividamento ou em vias de cair nessa situação, não hesite em pedir ajuda. Há formas de inverter a situação. Quanto mais cedo accionar os botões de emergência, melhor. Neste caso, negoceie com os seus credores e cumpra com o que foi acordado;

     7 – Não contraia novos empréstimos. Como todos sabemos, os bancos não estão a conceder crédito e aquele que concedem tem implícito um custo elevado, portanto, a menos que precise, efectivamente, de o contrair, evite-o;

     8 – Seja o seu gestor de conta. Ninguém melhor do que cada um de nós, sabe o que é melhor para nós. Logo, aplique esse princípio às suas finanças pessoais/familiares. Dedique algum tempo à procura da melhor forma de aplicar/investir o seu dinheiro e
caso decida investi-lo, dê tempo para que ele possa crescer. Seja criterioso nessas funções. Não seja fundamentalista;

     9 – Mude de hábitos. Aproveite esta altura de austeridade para pôr alguma na sua vida financeira. Reveja os seus vícios diários. Altere os seus hábitos de consumo. Pense que muitos pequenos gastos, no fim, podem fazer um grande rombo no orçamento;

     10 – Seja objectivo, rigoroso e disciplinado nas despesas. Mas falta um outro ingrediente, vontade, para mudar o rumo financeiro da sua vida, seja “a dona de casa” da sua vida financeira;

     11 – Se tem as suas despesas, perfeitamente, controladas e não consegue cortar mais, e se, ainda assim, não chega, então pense em arranjar um part-time. Já pensou em investir num hobby que tenha e pô-lo a ganhar dinheiro para si? Já pensou em dar umas
explicações? Já pensou que pode ter um know how específico que possa fazer a diferença em relação a outras pessoas e que possa usá-lo para obter um rendimento extra? Se nunca pensou, pense, está nessa situação e este pode ser o ano em que a sua
situação financeira poderá mudar para sempre;

     12 – Invista em educação financeira. São cursos e mini-cursos que poderão mudar a sua vida e que poderão ajudar a que as suas finanças estejam dentro daquilo que espera. Esta formação, permite-lhe adquirir ferramentas simples e de fácil aplicação no quotidiano, com vista a garantir a independência financeira que tantas pessoas desejam, mas que apenas algumas atingem.

 

—————

Voltar