6.2 – Como escolher um fundo de accoes

16-02-2013 21:20


 

     Como já referi, escolher um fundo de entre milhares que hoje em dia se encontram disponíveis nos nossos bancos, é uma tarefa, quase, hercúlea. No entanto, pode, sempre, consultar o prospecto de cada um dos fundos para saber qual é a composição, quem o gere, quais os custos, qual a moeda, etc. Mas quais são, então, os parâmetros para a tomada de decisão?

 

          - Custos baixos, claro está. Quanto maiores forem os custos mais baixa será a rendibilidade do seu investimento;

          - Estratégia consistente, ou seja, se pretende investir em empresas de maior dimensão, não vai adquirir unidades de participação num fundo que investe, muitas vezes, em empresas mais pequenas (small caps);

          - O menor risco possível, ou pelo menos o nível de risco ajustado ao seu perfil de investimento. Já me referi a estas medidas em 6.1. Por exemplo:

                 - Beta – que mede a volatilidade de um fundo, acção, etc., relativamente ao mercado. Se por exemplo o β = 1,5, então quando o mercado oscila 1% para cima ou para baixo, a cotação das unidades de participação que compõem o fundo tende a oscilar no mesmo sentido 1,5%;

                  - Analisar o pior trimestre ou período de tempo. Ainda que rendibilidades passadas não garantam as futuras, pode, sempre, preparar-se para esse cenário;

                  - O desvio em relação à média que permite medir a flutuação da cotação do fundo em relação à sua cotação média. Por exemplo, um desvio de 5 representa uma flutuação da cotação de 5% no período. Quanto maior for o desvio, também, maior é a sua volatilidade;

                 - Analise o desempenho do fundo dos últimos três a cinco anos. É certo que as rendibilidades passadas não garantem as futuras, no entanto, esta análise permite saber o enquadramento no longo prazo e, sobretudo, o enquadramento relativamente aos seus pares, ou seja, os fundos semelhantes que o mercado oferece. Se um fundo tiver uma má prestação num determinado período e se os restantes fundos concorrentes, também, tiverem tido uma má prestação, então pode-se concluir que o problema não é do fundo, mas, talvez, das expectativas do mercado relativamente às empresas que compõem o fundo.

 

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