Alguém que quer investir algum capital em acções, obrigações, commodities (matérias-primas), etc., mas não tem conhecimento e tempo suficientes para o fazer, então uma das alternativas é investir em fundos de investimento. A gestão é feita por profissionais que acompanham e analisam o mercado diariamente com vista às melhores oportunidades para investirem ou desinvestirem.
Esta forma de investir tem custos designados por custo de gestão, para além de outros. No entanto, compensa em termos de tempo e trabalho, uma vez que estes profissionais vão investir nas melhores empresas e diversificam a carteira de activos. Desta forma, o risco é diluído, obtendo-se escala.
Há uma enorme variedade de fundos de investimento. Há fundos de acções que investem só num determinado país, região ou continente, em empresas grandes, pequenas e em determinados sectores de actividade. Há fundos de obrigações, de commodities, há fundos de fundos, de índices, cambiais, etc.. Debruço-me, apenas, sobre alguns:
- Fundos de índices – ETF’s
São fundos que compram acções das empresas cotadas e que compõem um determinado índice bolsista, nomeadamente, o PSI 20. Este tipo de fundos tem a vantagem de tentar replicar na sua carteira de activos, as mesmas empresas com o mesmo peso que têm no índice. Antes de mais um índice bolsista é uma medida que capta os movimentos de um conjunto de empresas e com capacidade representativa para fazer definir uma tendência de alta ou de baixa do mercado, num determinado momento. Podem ser índices gerais ou sectoriais. Por norma a rendibilidade destes índices acompanham a rendibilidade do mercado;
- Fundos sectoriais
São fundos que investem nas empresas mais atractivas de um determinado sector de actividade. Por exemplo, a banca, tecnologia, matérias primas, infraestruturas, etc.;
- Fundos que investem em regiões
É exemplo disso os fundo de acções europeias, americanas, asiáticas que podem ser sectoriais ou não e que escolhem as empresas mais atractivas dessa região para investir;
- Fundos de obrigações
Por norma estes fundos dividem-se em dois tipos, consoante o risco. O mais seguro as obrigações dos Estados que remuneram a taxas de juro mais baixas e as obrigações especulativas – junk bonds que remuneram a taxas muito mais elevadas, mas que, como todos já percebemos, o maior risco é o do incumprimento.
O investimento neste tipo de fundos, tem os seus momentos mais altos quando o mercado de acções está numa fase descendente. Nestas alturas os investidores procuram um refúgio seguro para alocar o seu dinheiro. O contrário, também, é verdade.