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1.3 - Como resolver o custo de oportunidade financeiro?
06-06-2012 21:21
Comprar um automóvel maior ou melhor ou ampliar a sua casa, eis a questão.
Vamos imaginar que já fez a lista dos seus objectivos e também já os categorizou por ordem de importânica. E agora? Agora, sempre que efectuar uma compra seja ela pequena ou grande, pergunte-se de que forma vai afectar os objectivos que definiu. Sempre que achar que os vai pôr em causa ou que vai atrasar o seu cumprimento, pergunte-se se precisa, realmente, do que vai comprar. Pode pensar: Ok, as coisas não são assim tão simples, uma vez que já há planos para aquela viagem ao outro lado do mundo, por exemplo, e é, até, injusto gorar as expectativas das pessoas, dizendo que já não se vai. Pois, é complicado, não é? De facto. Mas nem tudo está perdido, senão vejamos, pode aproveitar uma promoção de última hora, pode sempre acordar com a sua família para irem mais tarde e portanto, juntar mais algum dinheiro para essa altura. Nesse sentido estará, também, a educar, financeiramente, os seus filhos. De que forma? Estará a dizer-lhes que para obterem o que querem, terão de fazer algum esforço e prescindir de algumas coisas e portanto, as coisas não nascem só porque queremos.
Se para estas decisões em que o processo já está a decorrer pode não ser fácil pará-lo ou evitá-lo, o que acontecerá ao resto das decisões financeiras que vamos tomar, a partir daqui? Neste caso, há algumas questões que tem de conseguir responder. Para além de outras mais, eu destaco as seguintes:
– Quantas pessoas vão ser afectadas pela minha decisão? E vão ser todas afectadas de igual modo?;
– Os objectivos estão equilibrados em termos de benefícios e obrigações para todos? Quanto maior for o equilíbrio, menor será a resistência e maior empenhamento haverá;
– Se há dois ou mais objectivos em conflito que proporcionam benefício(s) equivalente(s), qual ou quais proporcionam menos prejuízos?;
Quem me acompanha nestes artigos, pode até pensar que sou fundamentalista relativamente ao dinheiro e que é preciso controlar todos os cêntimos. É mentira! Nem quero ter essa pretensão. O que eu pretendo é alertar para algumas situações que dependem mais de nós do que da conjuntura ou de terceiros e que temos de fazer algo por nós e para nós. Controlar cada cêntimo que se ganha é um disparate. Devemos é destinar para aquilo que queremos um montante razoável que nos permite, atempadamente, usufruir e “gozar” aquilo para o qual nos esforçámos. Até para os pequenos prazeres da vida.
Se de cada vez que ganhamos um dinheiro extra tivermos a agilidade de saber qual o destino que lhe vamos dar, de acordo com os objectivos traçados e a sua importância, então, mais cedo ou mais tarde, vamos conseguir ter o controlo das nossas finanças. Esse é o primeiro passo para se atingir a independência financeira.
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