‎2.4 – Definir objectivos financeiros e orçamentais

28-06-2012 21:30

 

     Uma vez feito o orçamento, está na altura de olhar para ele e analisá-lo. Esta análise, é dirigida para o grupo de receitas ou despesas onde tem de incidir a sua acção. O ideal é cortar nas despesas que lhe estão a estrangular o seu dia-a-dia. Se não o fizer do lado da despesa, terá de ter mais rendimento para colmatar o despesismo. Como aumentar rendimento não é fácil, este é a única forma de agir. Muitas das vezes o que fazemos é incidir no lado das receitas, isto é, aumentar o endividamento, seja ele na forma de empréstimos, crédito ao consumo, cartões de crédito, contas ordenado, etc.. Isto acontece porque é muito mais fácil, dá menos trabalho.

     Os desvios são perfeitamente normais e se não forem significativos não deverão ser alvo da sua atenção, pelo menos enquanto assim permanecerem. Procure saber o montante médio de despesa por família. O INE dispõem de uma série de informações estatísticas que o poderão auxiliar na sua comparação. Se não conseguir, saiba qual é a sua média. Se estivermos na presença de uma despesa de refeições fora de casa que são o dobro da média, então deve procurar saber porquê e depois agir, para que essa rubrica seja atenuada. Isto serve para encontrar um patamar de gastos razoáveis para cada uma das rubricas.

     Do lado das receitas por vezes temos a tentação de as empolarmos. Isto quer dizer que colocamos neste campo rendimentos variáveis que poderão não ser recebidos, nomeadamente, gratificações no final do ano. Não deve ter em conta essa receita. Se a tiver, melhor ainda, invista-o para que consiga gerir um rendimento extra no futuro.

     Tenha atenção ao seguinte: deve no máximo gastar 70% do seu rendimento disponível. Atenção que esta percentagem deve ser, apenas, uma luz guia nas suas finanças. Pode ser muito complicado, não pode? De certeza que sim, mas tem de o fazer para seu próprio bem. O restante deve ser dirgido para três fundos a criar:

          1 - Poupança, em que nunca deverá mexer em caso algum, por exemplo, 10%;

          2 – Fundo de emergência, capital acumulado deve ser para fazer face a emergências que ocorram na sua vida, tais como, doença, desemprego, etc., por exemplo 10%;

          3 – Fundo de margem de manobra, todos sabemos que há meses em que pode gastar mais, outros menos, no entanto, deverá ter uma margem de 10% para imprevistos que não se conseguem orçamentar.

     Uma vez instalado na sua vida, o orçamento deve ser, quase, diariamente actualizado, ou pelo menos todas as semanas. O primeiro objectivo é manter as despesas dentro dos limites, por si, definidos. O segundo objectivo é chegar à conclusão que alguns objectivos definidos, por si, na lição 1 são, demasiadamente, ambiciosos e dificeis de alcançar, portanto suavize-os. O terceiro objectivo é adequar este documento, importantíssimo, à sua pessoa/família e isso vai levar algum tempo até que o consiga, para que toda a gente se veja e reveja nele.

 

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